
As gravações foram interrompidas nos últimos dias para a manutenção de partes do equipamento. Com isso tirei um tempo para trabalhar mais no arranjo de “Cego” antes de voltar a gravar. E já que falamos de equipamento, vou aproveitar pra começar a falar um pouco mais do que eu uso.
Eu acho meu equipamento bastante simples e eficiente para as situações em que geralmente me apresento. Mas isso é o que qualquer guitarrista irá dizer do seu equipamento, mesmo que este pese 2 toneladas, tenha 4 quilômetros de cabo e precise de 10 técnicos para montá-lo. Enfim, aqui vai a lista:
1. Guitarra Gibson SG Standard
2. Efeitos
Não sigo muito as sugestões de configurações dos manuais dos efeitos. Na verdade foi assim que descobri muito dos timbres que utilizo. A maioria destes pedais tem grandes prós e alguns contras. Por exemplo, às vezes a qualidade do efeito é ótima mas ele acaba com o teu sinal quando desligado. Eles foram fixados pelo Marcelo Coelho da Guitartech (www.guitartech.com.br) numa pedaleira feita pela Novacase (www.novacase.com.br). E os cabos são Whirlwind e Ernie Ball. Seguindo mais ou menos a ordem do sinal:
a) Patchbox Guitartech (in /out)
b) Digitech Whammy Reissue IV (acho que uso todos os presets desse. Ou seja, toda hora tenho que virar os botões. Por isso na hora de tocar tenho que usar um calçado que me permita ter melhor acesso aos knobs dos pedais pra não ficar me abaixando tanto durante as apresentações.)
c) Tech 21 MIDI Mouse (para controlar o Lexicon MX200)
d) Marshall Jackhammer (só uso na função overdrive.)
e) Moogerfooger Ring Modulator
f) Roland EV-5 (funcionando como pedal de expressão do parâmetro “frequency” do Ring Modulator.)
g) Ernie Ball 6165 Volume
h) Ibanez DE-7 Delay (“sem delay, meu amor, eu não sou ninguém”)
i) Boss DD-20 Giga Delay (Aqui tenho 4 presets na memória e mais um na função tap tempo)
j) Boss RC-20XL Loop Station (Esse ai é o que me permite sobrepor varias camadas sonoras ao vivo.)
k) Fonte bi-volt Guitartech
l) Lexicon MX200 Dual Reverb Processor (processador em rack que fica no loop de efeitos do amp. Uso mais os reverbs e de vez em quando algum efeito de modulação)
3. Amplificador Fender Deluxe 112 Plus.
Eu sei que boa parte dos guitarristas defende a sonoridade de amplificadores valvulados. Mas no meu caso vários fatores me levaram a este amplificador transistorizado. Praticidade, custo e, sim, timbre. Encontrei tudo que queria de um amp nesse ai. O canal limpo é perfeito. Tem clareza e responde a dinâmica da forma que preciso. É muito alto. 94 watts. Geralmente não preciso nem passar do 1 no potenciômetro de volume. Além disso, sei que não vai me deixar na mão no meio do show. Ainda tem um reverb de mola que eu não uso.
A observação final que faço é que equipamento, técnica, ou quaisquer outros canais entre o músico e o ouvinte são ferramentas a serviço da criatividade, inspiração e do desejo. O mais saudável aqui é não respeitar muito as regras e se divertir com as possibilidades.
Um Abraço,
Daniel Ruiz